Venezuela calcula centenas de mortos em deslizamento de terra

Equipes de resgate atuam na região da cidade de Las Tejerías sem a expectativa de encontrar pessoas desaparecidas com vida
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Depois de três dias, a esperança se esvai: autoridades da Venezuela já calculam uma centena de mortos no maior deslizamento de terra em décadas, ocorrido na pequena cidade de Las Tejerías, com 43 corpos encontrados e mais de 50 desaparecidos, cuja sobrevivência está descartada
Yuri Cortez/AFP – 11.10.2022
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A vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, informou que “o número de mortos que encontramos chega a 43”. “E ainda há um número importante de desaparecidos, 56”, destacou o presidente Nicolás Maduro, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. “Estamos chegando a quase uma centena de vítimas fatais dessa tragédia, desse desastre natural”, lamentou
Yuri Cortez/AFP – 10.10.2022
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Cerca de 3.000 efetivos, incluindo policiais, militares e membros da Defesa Civil, coordenam esforços com moradores para escavar a massa de lama, galhos de árvores e pedras, após o deslizamento do último sábado (8). Os agentes concordam, no entanto, que dificilmente encontrarão sobreviventes
Yuri Cortez/AFP – 10.10.2022
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A Venezuela sofre neste ano com uma temporada de chuvas atípica, que se estendeu por praticamente todo o ano devido ao fenômeno La Niña, ondas tropicais e as consequências do furacão Julia
Yuri Cortez/AFP – 11.10.2022
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Rodríguez informou que a avenida principal de Las Tejerías foi desbloqueada, e que o serviço elétrico foi 95% recuperado, bem como o telefônico
Yuri Cortez/AFP – 11.10.2022
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O presidente Maduro, que decretou três dias de luto nacional, visitou a área do desastre ontem e prometeu reconstruir casas e o comércio em áreas não vulneráveis às cheias dos rios. “Tejerías vai renascer da dor, da tragédia, do desastre, e voltará a brilhar em vida, em paz”, declarou nesta terça
Marcelo Garcia/Venezuelan Presidency/AFP – 11.10.2022
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O deslizamento de terra em Las Tejerías foi o pior desastre natural ocorrido neste século na Venezuela. O governo instalou abrigos em Maracay, capital do estado de Aragua, e anunciou a distribuição de 300 toneladas de alimentos. Centros de coleta foram instalados em todo o país para arrecadar doações