Marina Peres Souza, mãe de Juliana, conversou com a Folha por telefone e afirmou estar muito preocupada com a situação de sua filha. Segundo ela, Juliana mora nos Estados Unidos há dois anos, onde trabalhava como babá (au pair) enquanto realizava um intercâmbio. Até o momento, Marina não conseguiu contato com o advogado de sua filha e não foi contatada pelo governo brasileiro ou pelo Itamaraty para prestar apoio.
Marina relatou que sua filha informou que, no dia do ocorrido, viu Joseph Ryan entrar na residência ao retornar do trabalho. Assustada, ela ligou para Brendan e informou sobre a invasão. Quando ambos entraram na casa, encontraram Christine ferida, desencadeando um confronto entre Ryan, Juliana Magalhães e Brendan Banfield. Juliana alegou que disparou em legítima defesa, tanto para proteger a si mesma quanto para proteger a família.
Embora a mãe de Juliana tenha sido informada pela filha que o caso havia sido encerrado aproximadamente três meses atrás, a polícia tomou medidas para a prisão da jovem antes do seu trabalho na última quinta-feira. Atualmente, Marina não tem notícias de sua filha e aguarda o desenrolar da situação.
Segundo o portal de notícias NBC Washington, Brendan Banfield é um agente do FBI e se recusou a depor à polícia, embora tenha confirmado que não atirou em Joseph Ryan, contradizendo sua versão inicial na chamada ao 911.
Marina enfatizou que sua filha estava planejando retornar ao Brasil, embora seu visto tenha expirado há duas semanas, ela havia solicitado a renovação do mesmo. Ela lamentou os boatos difamatórios sobre Juliana e afirmou que a filha não faria mal a ninguém. A família afirma esperar que todo o caso seja esclarecido em breve.