Cooperativa Recicla Cujubim fortalece parceria com prefeituras da região

9 de Setembro de 2025

termodecolab

Termo de colaboração firmado com a prefeitura de Campo Novo

Além de ter obtido este ano um recurso de R$50.000 da prefeitura de Cujubim a cooperativa assumiu responsabilidade pela coleta e reciclagem dos resíduos recicláveis de Campo Novo de Rondônia.

Uma iniciativa nova e que tem surpreendido a todos pelo excelente trabalho e desempenho tem sido a da Cooperativa De Trabalho De Catadores De Materiais Reciclaveis De Cujubim- Recicla Cujubim, fruto da união de catadores associados empenhados em aproveitar um recurso cujo valor não era aproveitado.

Economia com aterros para o serviço público, rendimento para a cooperativa.

Localizada na Rua Papagaio, Nº 2806 no bairro Setor 05 em Cujubim - RO a cooperativa faz um trabalho de suma importância: evita que materiais de alto aproveitamento e rendimento para reciclagem sejam literalmente enterrados nos aterros, isso significa que algumas toneladas de material reciclável que antes eram destinadas até o aterro sanitário de Ariquemes (há 120km de distância) agora são encaminhados para a cooperativa.

Isso representa seu papel importantíssimo na vida do contribuinte, não somente contribui para economia dos impostos pagos pela população como ainda faz o papel ambiental que em teoria é obrigação dos grandes produtores de plástico, mas que na prática é jogado nas costas das prefeituras do país que, quando não possuem uma iniciativa de reciclagem precisam arcar com o prejuízo de pagar para um consórcio de aterros enterrar o lixo que gerou lucro para outra empresa.

Empresas como a Coca-Cola por exemplo produzem uma média de 3 milhões de toneladas de plástico por ano, onde nem 20% são reciclados, isso significa que boa parte dos resíduos é enterrada (haja terreno para isso!) ou descartada irregularmente, muitas vezes nos oceanos.

Expansão e exemplo regional

Neste ano a Cooperativa dos Catadores de Ji-Paraná - COCAMARJI abriu uma nova instalação no município de Ariquemes, expandindo cada vez mais para absorver a produção de resíduos recicláveis do estado. Um exemplo a ser seguido, temos desde maio o termo de colaboração entre o município de Campo Novo de Rondônia e a Recicla Cujubim.

Isso significa uma expansão nos trabalhos da Cooperativa, que apesar de ser nova já vem absorvendo outros mercados, deixando evidente a enorme demanda que existe no estado e no país pela reciclagem do plástico e a transformação do lixo em valor.

Dignidade e renda: quando o lixo se transforma em oportunidade

Para além dos números e da economia municipal, a Recicla Cujubim representa uma transformação direta na vida de famílias que encontraram na reciclagem uma alternativa digna de renda. Diferente da catação informal - muitas vezes realizada em condições precárias e sem garantias trabalhistas - a cooperativa oferece um ambiente organizado, com divisão de tarefas e renda mais estável.

O modelo cooperativo permite que os trabalhadores sejam donos do próprio negócio, participando das decisões e dos lucros gerados pela atividade. Isso significa que cada tonelada processada não enriquece apenas atravessadores ou grandes empresas, mas fica na própria comunidade, movimentando a economia local e proporcionando autonomia financeira para quem antes dependia da informalidade.

É uma prova de que políticas públicas eficientes podem unir sustentabilidade ambiental com inclusão social, transformando um problema municipal em solução econômica para famílias trabalhadoras.

Os obstáculos do dia a dia: quando a boa vontade esbarra na realidade

Apesar do sucesso inicial, cooperativas como a Recicla Cujubim enfrentam desafios que podem comprometer sua sustentabilidade a longo prazo. A flutuação constante nos preços dos materiais recicláveis no mercado nacional faz com que a renda dos cooperados seja imprevisível - o que vale R$ 2,00 o quilo hoje pode valer R$ 1,20 na semana seguinte.

A falta de equipamentos adequados para prensagem e beneficiamento também limita o potencial de agregação de valor aos materiais coletados. Vender apenas material bruto significa aceitar preços menores, quando o ideal seria processar e revender com maior margem de lucro.

Outro ponto crítico é a necessidade constante de capacitação técnica e administrativa. Gerir uma cooperativa exige conhecimentos de contabilidade, logística e relacionamento comercial que nem sempre estão ao alcance imediato dos cooperados. Sem apoio técnico especializado e investimento em infraestrutura, iniciativas promissoras como essa podem esbarrar em dificuldades operacionais que impedem seu crescimento sustentável.

Postado por:

  • new logus (5) Marcos Junior
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